Negroamaro – O elegante vinho tinto italiano

Negroamaro

O vinho tinto italiano Negroamaro é um clássico da região sul da Itália. Ou seja, já traz consigo toda uma tradição dos vinhos incríveis produzidos na região. Hoje, o Center Gourmet leva você para conhecer a região da Puglia, especificamente a península salentina, ou Salento, e um dos seus maiores representantes, o Negroamaro. 

A uva italiana Negroamaro é uma conterrânea da Primitivo, também conhecida como Zinfandel. Logo, ela acaba exibindo características semelhantes e pode ser uma alternativa para os amantes da casta que querem variar no paladar. 

Ela é uma cepa de casca bem escura, sendo assim, tem os taninos bem presentes. Por isso, os vinhos produzidos a partir da Negroamaro ficam melhores depois de alguns anos envelhecendo na garrafa mesmo. Como resultado, os taninos amaciam e a acidez se equilibra, resultando num vinho excelente! Mas, temos outros detalhes para conhecer a respeito do vinho tinto italiano Negroamaro. 

Pra começar, vamos falar brevemente sobre sua história. Em seguida, conhecer um pouco mais da região de origem e, por fim, o que muito nos interessa: harmonizações. Assim, até o final desse artigo você vai descobrir como tirar o maior proveito de uma garrafa desse tinto maravilhoso! 

História do Negroamaro

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A uva Negroamaro já é associada à região da Puglia por, pelo menos, 1500 anos. Normalmente, era utilizada em vinhos de corte, produzindo vinhos marcantes em blends junto a uvas como a Primitivo, Malvasia NeraMontepulciano ou Sangiovese. 

Paralelamente, sempre foi muito valorizada pela sua cor forte, seus aromas profundos de frutas passas e tons terrosos, que agregam complexidade aos vinhos. Mas, nem sempre foi assim.

O patinho feio dos vinhos italianos

Acontece que, antigamente, os tintos da região sul da Itália não eram nem um pouco famosos. Na verdade, os vinhos do norte do país, como os Barolos e Barbarescos eram considerados os vinhos nobres. É aquela velha rixa “primo rico x primo pobre”, assim, o Negroamaro era considerado como um vinho sem nenhum glamour.

No entanto, a história foi mudando de figura à medida que os produtores da região sul passaram a prestar mais atenção ao cultivo e aos métodos de produção. Com o tempo, é claro, decidiram diminuir a quantidade de vinho produzido para manterem o foco na qualidade do produto final. Resultado? Os famosos vinhos do norte, atualmente, perderam um pouco de sua superioridade, justamente pelo volume produzido.

Por outro lado, o limitado volume de vinhos produzidos na região sul, resulta em vinhos de qualidade excelente.  É nesse ponto que o vinho tinto italiano Negroamaro se encontra hoje: um verdadeiro “cisne”, recebendo o devido valor, afinal.

Região de origem

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Sem dúvida, o melhor vinho italiano Negroamaro, vem da Península salentina, isso é fato. Principalmente, os rótulos com DOC. Afinal, a Negroamaro se sente muito em casa naquela região. Apesar de ser bem resistente à seca, ela também reage bem às poucas chuvas que recebe.  

Salento é uma região bem plana e de clima muito agradável, por ser banhada pelo Mar Adriático. De fato, a Negroamaro se adaptou tão bem ao solo, que consegue atingir os melhores níveis de maturação possíveis. Consequentemente, entrega um vinho com alto teor alcoólico, mas também com em certo dulçor. 

Atualmente, a maior parte da Negroamaro produzida no mundo, vem da Puglia. Porém, em tempos antigos, essa era uma das regiões mais pobres da Itália. Sendo assim, seus vinhos costumavam ser transformados em Vermute. O que era uma pena, já que seu terroir não deixava a desejar em nada para os encontrados nas melhores regiões vitivinicultoras. 

Gradualmente, a região foi se tornando uma referência na produção de vinho tinto italiano e atualmente é responsável por cerca de15% da produção de vinhos do país. Aliás, uma boa parte dessa porcentagem é fruto dos vinhos tintos à base de Primitivo e Negroamaro. Porém, uma pequena quantidade também é cultivada na Austrália e na região da Califórnia, nos EUA. 

Harmonizando pratos com um Negroamaro 

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A temperatura ideal de serviço para um vinho tinto italiano Negroamaro está entre 15°C e 20°C. Devido aos taninos e ao teor alcoólico, é aconselhável decantar a bebida por cerca de 30 minutos, deixando que ela respire. 

Na hora de servir, escolha uma taça de bojo grande, como a taça Bordeaux, por exemplo. para que seus aromas se mantenham concentrados. Além disso, observe o ano da safra da uva, pois o potencial de guarda do Negroamaro é longo, chegando a ficar excelente para consumo próximo aos 5 anos.  

Combinar pratos com um Negroamaro, é como harmonizar com Primitivo. Afinal, as uvas têm características bem similares. Ambos são companhias perfeitas para preparos bem condimentados, como bruschetta de tomate fresco e molhos de tomate frescos.  

Também as carnes grelhadas, com aquele aroma “queimado” das bordas, se equilibram muito bem com a bebida. Isso acontece porque os tintos produzidos a partir da Negroamaro apresentam uma adstringência no paladar, devido à sua acidez. Porém, também trazem um certo açúcar residual, como dito anteriormente, que deixa um leve adocicado no paladar, combinando com as características da carne. 

O que cresce junto… 

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Se vinhos já fazem parte da sua vida, você já conhece a expressão “what grows togethergoes together”. Nesse caso, a expressão se aplica direitinho. Mas, se essa é nova para você, vamos te explicar. 

No mundo dos vinhos, é bem conhecido o fato de que alimentos que crescem e são preparados na mesma região de cultivo e produção de determinada cepa, são as melhores combinações na hora de harmonizar vinho e preparos. Logo, “o que cresce junto, é consumido junto”, traduzinho grosseiramente. 

Especificamente no caso da Negroamaro, é melhor servir com comida de verdade, ao contrário de outras variedades, que combinam bem com queijos ou sobremesas. Desse modo, você pode apostar em pratos bem italianos e generosos mesmo. Por exemplo, pratos de massa e pizza vão muito bem com ele. No entanto, existem outras opções. 

Já que o que cresce junto combina melhor, você e seus convidados podem ter mais prazer em consumir um vinho Negroamaro se o servirem junto a pratos típicos da região da Puglia, mesma da uva. Para isso, temos algumas sugestões: 

Antepasto 

Chamado de antipasti em sua terra natal, quer dizer “antes da refeição”. Ou seja, é o primeiro prato a ser servido numa refeição que pode ser à base carnes curadas, cogumelos bem temperados, corações de alcachofras, anchovas, azeitonas ou pepperoni.  

Aliás, observe que quase todas as sugestões são “carregadas” no sal ou nos temperos e especiarias. E elas realmente fazem toda diferença no paladar, quando se encontram com os taninos aveludados e com a acidez agradável de um vinho tinto italiano Negroamaro não tão jovem.

Cordeiro assado com batatas 

Descrever o modo de preparo desse prato é quase crueldade, mas é preciso. Então, vamos te contar os detalhes. 

Para começar, faça uma mistura de farinha panko, aquela farinha de rosca rústica e mais grossa, com ervas, queijo parmesão e pimenta. Em seguida, uma generosa camada de batatas em fatias grossas, ou cubos, é colocada em uma assadeira.  

Agora vem a parte divertida, que é alternar camadas de cubos de carne de cordeiro e a farofa temperada com as batatas. Por fim, é só regar tudo com um bom azeite e um pouco de vinho branco, cobrir e levar ao forno para assar lentamente por cerca de 90 minutos. 

Nos últimos 30 minutos, retire a tampa ou papel alumínio e se prepare para se deliciar com esse prato enquanto aprecia seu Negroamaro. É de se comer rezando!  

Pepperonata  

Nesse prato, cebola, alho e pimentões das três cores são cozidos em bastante azeite de oliva em uma caçarola grossa, junto folhas de manjericão e salsa. Quando pronto, você pode usar para servir com bruschettas, o que já fica perfeito, ou pode servir para acompanhar um bom churrasco de carnes vermelhas. De qualquer forma, vai estar no nível necessário para fazer companhia ao seu vinho tinto italiano. 

Filé de atum grelhado 

Apesar de carnes vermelhas e molhos fortes serem os preferidos para destacar as características do Negroamaro, o atum tem uma carne firme e também vai combinar perfeitamente.  Para isso, é só marinar os filés mais grossos (com 2cm de espessura) com suco de limão, azeite, sal e tomilho por algumas horas. Por fim, asse sobre na brasa bem quente, com pimentões e berinjelas também.  

E não para por aqui! Afinal, a culinária da região do salto da bota é riquíssima e variada. Se o seu ponto fraco é a massa, invista em um bom Orecchiette (aquele macarrão “orelhinha”), ou num delicioso calzone recheado com ricota, muçarela e cebolas caramelizadas. 

Já que a região é banhada pelo Adriático, os vinhos de lá também são bem servidos com frutos do mar. Ou seja, aproveite para experimentar todas as possibilidades com o seu tinto Negroamaro: de carnes vermelhas e massas a peixes e frutos do mar, desde que bem temperados. 

Hoje, o Center Gourmet apresentou a você esse vinho tinto italiano maravilhoso, que é fácil e beber e de harmonizar com seus pratos preferidos!  

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Aproveite para escolher o seu vinho entre as nossas ofertas. Você não vai se arrepender. 

 

O tinto varietal de Salento (Puglia)

Schola Sarmenti Roccamora IGT Salento Negroamaro 2020:

Corpo médio para encorpado, frutado com nuances de especiarias, aveludado, taninos macios, boa acidez; Produtor: Schola Sarmenti; Teor alcoólico: 13,5%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Especiarias doces, couro, tabaco, frutas pretas e frutas secas; Harmonização: Costela suína ao molho barbecue, cozido de carne com legumes e batatas, espaguete com almôndegas de lentilha

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O tinto varietal de Puglia

Tordelcolle Copertino DOC Riserva 2016:

Macio e redondo com taninos aveludados bem equilibrados, com longo e persistente acabamento; Produtor: Botter S.P.A.; Teor alcoólico: 14%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Aromas de frutas vermelhas, com destaque para cereja; Harmonização: Carré de cordeiro com purê de abóbora, polenta mole com ragu de costela, lasanha de berinjela

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O tinto varietal de Puglia

Campi Rudi Appassimento Rosso Puglia Passito IGT 2018:

Sedoso, com taninos macios e boa intensidade de fruta; Produtor: Angelo Rocca e Figli Srl; Teor alcoólico: 15%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Ameixa, amora madura, cereja em compota, além de toques de baunilha e canela; Harmonização: Risoto de Parmesão, carne de panela com especiarias, torta de chocolate meio amargo

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O tinto varietal de Puglia

Rosso Reale Negroamaro Salento IGT 2019:

Taninos macios, equilibrados e com final longo; Produtor: Angelo Rocca & Figli SRL; Teor alcoólico: 13,5%; Uvas: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Aromas de fruta madura como amora e ameixa; Harmonização: Espaguete com almôndegas, pizzas e massas

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O tinto varietal de Puglia

Schola Sarmenti Roccamora D.O.C. Nardo Negroamaro 2019:

Aveludado, taninos macios e especiarias; Produtor: Schola Sarmenti; Teor alcoólico: 13,5%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Especiarias, couro e tabaco com notas frutadas no final; Harmonização: Ideal com pratos à base de carne como javali refogado e carne de cordeiro, ou um bom espaguete com almôndegas

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O tinto blend de Nardó (Puglia)

Schola Sarmenti Nerio Riserva DOC Nardo Negroamaro Malvasia 2018:

Encorpado, notas de frutas maduras, redondo, estruturado, taninos macios, final longo e agradável; Produtor: Schola Sarmenti; Teor alcoólico: 14%; Uvas: Negroamaro e Malvasia Nera (vinho blend); Nariz: Frutas secas como ameixa e cranberry, toques de especiarias doces, baunilha, chocolate amargo; Harmonização: Carne de panela com canela, almôndegas de lentilha, talharim com carne moída refogada com canela e pimenta-do-reino

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O tinto blend de Salento (Puglia)

Schola Sarmenti LAmpa Negroamaro e Malvasia IGT Salento 2017:

Envolvente, final longo, com retrogosto de frutas maduras; Produtor: Schola Sarmenti; Teor alcoólico: 14%; Uvas: Negroamaro e Malvasia Nera di Lecce (vinho blend); Nariz: Aromas de frutas maduras, toques picantes; Harmonização: Talharim ao ragu de cordeiro, palpetone de carne com queijo ao molho pomodoro e polenta cremosa, lasanha de berinjela com molho pesto

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O tinto blend de Puglia

Cupone Riserva D.O.C. Salice Salentino Negroamaro 2017:

Intenso, taninos sedosos e suculento; Produtor: Feudi di Guagnano; Teor alcoólico: 13,5%; Uvas: Negroamaro e Malvasia (vinho blend); Nariz: Aromas de frutas em compotas, casca de noz, notas balsâmicas e herbáceas; Harmonização: Risoto de ossobuco, maminha assada, pappardelle ao pomodoro e queijos duros

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O tinto blend de Puglia

Le Camarde I.G.T. Salento Negroamaro Primitivo 2016:

Robusto, taninos presentes, final longo; Produtor: Feudi di Guagnano; Teor alcoólico: 13,5%; Uvas: Negroamaro e Primitivo (vinho blend); Nariz: Notas de frutas vermelhas com notas de alcaçuz; Harmonização: Bife de ancho com batatas, risoto de linguiça, pernil de porco ao molho de vinho tinto, berinjela assada e recheada

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O rosé varietal de Puglia

Stardust Edição Limitada Gemini Negroamaro Rosato Puglia IGT 2020:

Refrescante, frutado, agradável, saboroso, e fácil de beber; Produtor: Mondo del Vino; Teor alcoólico: 12%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Notas de frutas vermelhas e flor de laranjeira; Harmonização: Canapés, saladas com tomate cereja, camarão frito

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O rosé varietal de Puglia

Rosa Reale Negroamaro Rosato 2019:

Saboroso, com notas intensas de frutos silvestres e maçã, agradável acidez; Produtor: Angelo Rocca & Figli SRL; Teor alcoólico: 12,5%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Notas intensas de frutas vermelhas e toques sutis de especiarias; Harmonização: Saladas, risotos, frutos do mar

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O rosé varietal de Salento

Elide IGT Salento Negroamaro Rosé 2021:

Corpo médio, rico, harmonioso, frutado, acidez média, refrescante; Produtor: Schola Sarmenti; Teor alcoólico: 12,5%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Frutas vermelhas maduras, notas de maçã e goiaba, toques de especiarias doces como canela e sutil mineral; Harmonização: Sanduíche de salame italiano, tender com cravo, nhoque ao sugo

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O rosé varietal de Puglia

Tormaresca Calafuria Salento 2018:

Fresco e equilibrado, altamente saboroso e com muita persistência aromática; Produtor: Tormaresca; Teor alcoólico: 12%; Uva: Negroamaro (vinho varietal); Nariz: Intenso e delicado, com notas perfumadas de pêssegos, rosas e flores de cerejeira; Harmonização: Comida japonesa, saladas, mariscos e aperitivos

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O rosé blend de Puglia

Grande Alberone Rosato 2020:

Bastante fresco com sabor levemente frutado; Produtor: Provinco; Teor alcoólico: 13%; Uvas: Negroamaro, Refosco e Merlot (vinho blend); Nariz: Perfume de flores e notas de frutas cítricas, maçã e pêssego; Harmonização: Frutos do mar, saladas e carpaccio

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O espumante varietal de Puglia

Rosamaro Altemura Brut:

Fresco, boa cremosidade e final frutado; Produtor: Masseria Altemura; Teor alcoólico: 11%; Uva: Negroamaro (vinho blend); Nariz: Aromas de maçã, frutas vermelhas como morango e um toque floral; Harmonização: Baião de dois vegetariano, burrata com tomate fresco, cheesecake com calda de frutas vermelhas

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