O espumante Cava é uma bebida bastante apreciada na Espanha e em todo o mundo, sendo o mais famoso espumante espanhol.

Não é incomum que muitas pessoas confundam bebidas como champagne e espumante, acreditando que seu processo de fabricação e suas características sejam semelhantes, se não as mesmas.

Contudo, trata-se de duas composições diferentes, e, embora a confusão seja compreensível, é preciso se atentar para as especificações de cada um.

Especialmente o espumante Cava, cuja apreciação é compartilhada por todo o mundo, deve receber atenção para sua história em território espanhol e todas as características que o tornam tão marcante.

Tudo o que você  precisa saber sobre Espumante Cava

1 – O que é espumante e sua origem na Espanha

Há uma célebre frase que diz: “Todo champagne é espumante, mas nem todo espumante é champagne”.

Trata-se de uma citação bem aplicada, capaz de exemplificar bem a diferença entre essas duas bebidas tão famosas e confundidas.

Antes de mais nada, o nome espumante é dado para vinhos que sofrem duas fermentações durante seu processo de fabricação.

A primeira refere-se a fermentação natural que ocorre em todas as bebidas desta origem, que transforma em álcool o açúcar presente nas uvas, nos tanques ou barris onde são armazenadas.

Enquanto isso, a segunda fermentação é própria das produções que levam este nome, e ocorre quando o líquido adquire efervescência, como ocorre com o espumante espanhol.

Esse procedimento pode ocorrer em tanques de aço inox, levando o nome de método charmat, ou na própria garrafa, o método champenoise, o clássico.

Dessa forma, os espumantes podem ser produzidos em diversas regiões, a partir de todas as castas de uvas, níveis de fermentação alcoólica e procedimentos de armazenamento.

Por outro lado, a confusão entre champagne e espumante ocorre por conta das nomenclaturas dos métodos utilizados e das regiões da produção em questão.

O champagne, bem como é conhecido, trata-se especificamente de um vinho branco espumante, produzido através do método de efervescência tradicional, feito na região de Champagne, na França.

Sua produção é extremamente rigorosa, feita unicamente com uvas Pinot Noir, Meunier e Chardonnay.

Assim, outros vinhos brancos espumantes também podem ser confundidos com essa bebida, mas não são, de fato, champanhes.

Por outro lado, o espumante Cava, e outros espumantes da região da Espanha, são derivados de processos ligeiramente diferentes, além do uso de uvas distintas do champagne.

O espumante na Espanha

A história do espumante em território espanhol é datada a partir de uma marca atuante desde 1550, segundo documentos da empresa, a mais famosa no segmento.

A marca CODORNÍU é antiga, e passou por diversos herdeiros que fabricavam vinhos doces na região da Catalunha.

Somente em 1872 a empresa produziu sua primeira garrafa de espumante, depois de uma viagem para a França, em Champagne.

Passaram, então, a produzir vinhos efervescentes a partir do método tradicional francês, que ocorre na garrafa em que é armazenado.

A partir desse momento, a CODORNÍU se tornou pioneira na fabricação de espumantes na Espanha, aplicando a técnica francesa em suas composições.

Em 1894, registros indicam suas primeiras exportações, quando a marca se tornou internacionalmente reconhecida por suas bebidas.

Quando iniciou a produção do espumante Cava, a empresa elevou suas produções e chegou a ser reconhecida como Provadora da Casa Real Espanhola pela rainha regente da época.

Dessa forma, o espumante teve sua produção iniciada oficialmente na Espanha, e, posteriormente, deu origem ao espumante espanhol mais famoso do país.

2 – Denominações e história do espumante na Espanha

O espumante Cava se consolidou como representante da categoria na região espanhola, graças ao seu sabor característico e apreciado por diversos admiradores ao redor do mundo.

A nomenclatura cava deriva de uma palavra catalã que significa adega. Contudo, essa denominação de origem só passou a ser estabelecida a partir de 1972.

Com a popularização do método francês para vinhos efervescentes, tornou-se necessário impor algumas normas para que os espumantes fossem rotulados efetivamente de acordo com suas produções.

Curiosamente, o espumante Cava é o único que pode ser chamado, verdadeiramente, de champagne. Ele é produzido de acordo com as especificações do vinho francês, e segue o método tradicional, champenoise.

Após a primeira fermentação, com as leveduras e o açúcar, o espumante espanhol é engarrafado e posto de cabeça para baixo por alguns dias.

Assim, a garrafa é virada pouco a pouco, decantando os segmentos na tampa. Em seguida, um processo de congelamento faz com que se retire a parte sólida e seja devidamente enrolhado.

O espumante Cava necessita de vários meses de envelhecimento para adquirir seu sabor característico.

Sua história acompanha a popularização do espumante na Espanha, a partir das produções inspiradas na região francesa, e ganhando a devida rotulação séculos depois.

Uvas e características

Atualmente, a bebida é apreciada no mundo todo. Seu sabor é encorpado, com aroma e paladar frutado.

Seu gosto também pode se alterar de acordo com o tempo de envelhecimento, e recebe um selo de identificação de acordo com cada safra.

O espumante Cava, que se popularizou de acordo com produções locais, utiliza uvas nativas.

A casta Macabeo, também conhecida por Viúra, é uma das uvas espanhóis mais usadas na produção. Possui acidez e aroma delicados, ideal para o espumante espanhol.

Por outro lado, a Parellada também pode ser utilizada, sendo mais sofisticada que a maioria das castas. Leva mais tempo para envelhecer, e possui aroma ligeiramente cítrico.

Assim, o espumante Cava pode ser fabricado a partir de diversas uvas e seus terrois, sabores e particularidades aromáticas.

Apesar de ter surgido com intenção de imitar os vinhos brancos franceses, esse espumante espanhol ganhou fama a partir de suas próprias características.

Possui um estilo mais leve, feito de uvas maduras e nativas das regiões de produção.

O espumante Cava pode ser tanto branco quanto rosé, embora a primeira variação seja a mais tradicional e mais consumida.

Para ser denominado Cava, o espumante deve ser fabricado a partir do método tradicional francês, com efervescência a partir da garrafa.

3 – Harmonizações

Em suma, o espumante Cava é considerado versátil e fácil de ser harmonizado.

Sua alta acidez e a presença do gás carbônico, que proporciona a efervescência característica da bebida, fazem com que sua apreciação seja suave.

O espumante espanhol combina bem com entradas frias e que misturem frutos do mar em sua composição.

Saladas frias e canapés também são bons acompanhamentos para fazer com a bebida.

No prato principal, refeições a base de peixe e aves são bastante harmoniosas, bem como estilos gastronômicos simples, como risoto e patês.

A leveza do espumante Cava faz com que ele seja perfeito para refeições leves, não sobressaindo o gosto da comida e ressaltando seu sabor.

Por outro lado, acompanhamentos mais pesados também podem harmonizar bem com esse espumante espanhol, justamente pelo contraste.

Pratos robustos, como massas, e entradas a base de queijo não têm problema em serem servidos junto do Cava.

Composições mais doces dessa mesma categoria também conseguem harmonizar doces e sobremesas sem maiores adversidades.

Dessa forma, o espumante Cava pode ser a escolha ideal para jantares formais ou refeições casuais com a família. Seu paladar será suave e a apreciação, leve.

Ele possui a sofisticação e o sabor admirado do champagne, ao mesmo tempo que leva as características das uvas nativas espanholas, com sabores e aromas variados.

Caso seja servida alguma refeição mais elaborada, e haja dúvidas na hora de escolher o vinho para acompanhar, sempre tenha o Cava como uma opção coringa.

Para a maioria dos pratos, o espumante espanhol harmonizará satisfatoriamente.

Conclusão

A história do espumante na Espanha é antiga, e contou com a ajuda da marca CODORNÍU para se estabelecer efetivamente entre as produções de vinhos brancos.

Sua fabricação procurava imitar as composições da região francesa de Champagne, que utilizava um método de efervescência em seus vinhos.

Com o passar dos anos, o espumante espanhol passou a ganhar notoriedade a partir de suas próprias particularidades.

Apesar da produção local ter ganhado força, também passou a ser exportado, torna-se conceituado por muitos apreciadores ao redor do mundo.

Ainda que seja confundido com o champagne propriamente dito, o espumante Cava possui pequenas diferenças, como a casta das uvas utilizadas e seus respectivos sabores.

Contudo, a produção ainda segue o mesmo método tradicional, o champenoise, a partir do engarrafamento da bebida.

Seu sabor é suave, com aroma de frutas e levemente cítrico, dependendo da casta empregada. Possui líquido de cor clara e com muitas espumas, seu atributo principal.

Por se tratar de um vinho leve, harmoniza bem com a maioria das refeições, desde entradas simples até pratos robustos e elaborados.

O espumante Cava é considerado sofisticado, porém de desfrute agradável e combinações fáceis de serem feitas.

Essa bebida se tornou o símbolo espumante espanhol, e não perde em qualidade e apreciação para o tradicional champagne francês.

Curiosamente, em 2008, a marca CODORNÍU lançou o Cuveé 1872 de Codorníu, em comemoração a história da cava e dos espumantes na Espanha.

Por fim, trata-se de um vinho branco efervescente clássico, elegante, suave e profundamente estimado pelos apreciadores da bebida.

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⇒ O espumante Brut

Mim Reserva Cava Brut:

Na boca é delicado, boa cremosidade e final longo; Produtor: Maset del Lleó; Teor alcoólico: 11%; Uvas: Xarel-lo, Macabeo e Parellada (vinho blend); Nariz: Aromas delicados de frutas brancas, maçã, pera e flor de laranjeira; Harmonização: Como aperitivo, frutos do mar, com chips de abobrinha, lasanha de alcachofra, quiche de aspargos

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Delapierre Etiqueta Negra Brut:

Fresco, jovem, leve e agradável; Produtor: Codorníu; Teor alcoólico: 11,5%; Uvas: Macabeo, Xarel-lo e Parellada (vinho blend); Nariz: Notas florais e cítricas, como maçã verde, típicos da juventude desta cava; Harmonização: Tender ao molho de laranja, arroz à grega, peito de peru com laranja e bacon

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⇒ O espumante Demi-Sec

Cava Vilarnau Ice-Sec:

Fresco, acidez marcante e final levemente doce; Produtor: Vilarnau; Teor alcoólico: 11,5%; Uva: Malvasia (vinho varietal); Nariz: Flores, pétalas de rosas, lichia; Harmonização: Coquetelaria, tábua de frios, queijos, canapés, velvet cake, torta de damasco

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Cava Gran Barón Mediterranean Edition Brut:

Harmonioso, frutado e apetitoso, com acidez equilibrada e final redondo e elegante; Produtor: Vallformosa; Teor alcoólico: 11,5%; Uvas: Macabeo, Xarel-lo e Parellada (vinho blend); Nariz: Aromas intensos de melão maduro e banana, com toques de damasco, maçã e notas tostadas; Harmonização: Queijo Camembert, peixes grelhados, frutos do mar, canapés e aperitivos

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Real De Aragón D.O. Cava Brut:

Cremoso, fresco, gastronômico, equilibrado, com bom corpo e notas de brioche; Produtor: Bodegas Langa; Teor alcoólico: 11,5%; Uvas: Macabeo e Chardonnay (vinho blend); Nariz: Frutas brancas como maçã e pêssego, notas de fermento e mineral; Harmonização: Paella, churrasco, hummus com pão árabe, tapas espanholas, mariscada, cocido madrileno

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Marqués de Requena Cava Brut:

Paladar médio equilibrado, com uma doçura refrescante de fruta branca madura; Produtor: Torre Oria; Teor alcoólico: 11,5%; Uva: Macabeo (vinho varietal); Nariz: Boa intensidade aromática, com notas de maçã verde, limão e toranja; Harmonização: Mariscos e frutos do mar, peixes grelhados, aperitivos

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⇒ O espumante blend de Penedès

Cava Maset Del Lleó Brut:

Corpo de leve para médio, boa acidez, cremoso, cítrico; Produtor: Maset del Lleó; Teor alcoólico: 11%; Uvas: Xarel-lo, Macabeo e Parellada (vinho blend); Nariz: Frutas cítricas, maçã, fermento, floral; Harmonização: Carpaccio de carne de sol, fettuccine na manteiga com tilápia frita, bolinho de bacalhau, ravióli de bacalhau, cestinhas de massa folhada com salada de feijão branco, abobrinhas verde recheada

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⇒ O espumante Brut

Toro Loco D.O. Cava Brut:

Leve e refrescante, com notas frutadas e final agradável; Produtor: BVC Bodegas; Teor alcoólico: 11,5%; Uvas: Macabeo, Xarel-lo e Parellada (vinho blend); Nariz: Flores brancas, frutas frescas como maçã e pera, com notas de pão integral e damasco; Harmonização: Frutos do mar, atum grelhado, sushi e sashimi, torta de frango, quiche lorraine, bruschetta tradicional

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Gran Delmio Gran Selección Brut Cuvée:

Boa estrutura, equilibrado, versátil; Produtor: Bodegas Lozano; Teor alcoólico: 11%; Uva: Albillo de Albacete (vinho varietal); Nariz: Notas de frutas cítricas; Harmonização: Mariscos, peixes e frutos do mar

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⇒ O espumante Brut

Palacio de Cristal Brut Cuvée:

Corpo leve, refrescante, muita fruta no final de prova; Produtor: Juan Ramón Lozano; Teor alcoólico: 11%; Uvas: Airén, Sauvignon Blanc e Verdejo (vinho blend); Nariz: Toques herbáceos, frutas cítricas como abacaxi e limão; Harmonização: Salada de grãos, sushis

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