Château Lagrange A.O.C. Pomerol 2011

Vinho tinto francês

Volume: 750 mL
Região: Pomerol (apelação de Bordeaux)
Safra: 2011
Boca: Elegante, médio corpo, acidez agradável, taninos macios
Produtor: Château Lagrange
Uva: Merlot
Teor alcoólico: 14%
Serviço: 16°C
Potencial de guarda: 12 anos
Nariz: Ameixa, cereja negra, amora madura, especiarias, terroso
Visual: Rubi
Amadurecimento: 16 – 18 meses em barricas de carvalho francês, sendo 40% novas
Harmonização: Risoto trufado, picanha de cordeiro, arroz de pato, parpadelle com ragu de filé-mignon, ravióli com ragu de costela, queijos semi-duros

Breve descrição:

Hoje comandada por Jean-Pierre Moueix, a vinícola Château Lagrange está situada em Pomerol, uma renomada Denominação de Origem francesa. Vindo da uva Merlot, este tinto de médio corpo é um belo exemplar da margem direita de Bordeaux.

Sobre a vinícola:

Chateau Lagrange começou a vida como Maison Noble de Lagrange Monteil já na Idade Média. Documentos históricos mencionam o futuro castelo de Bordeaux desde 1631. Durante o século 18, a propriedade pitoresca era propriedade do Barão de Brane. O Barão era mais conhecido por contar entre suas propriedades Brane Cantenac e Brane Mouton, com as quais estamos mais familiarizados hoje como Chateau Mouton Rothschild. Quando o Barão estava encarregado da propriedade, os vinhos eram vendidos como Barão St. Julien.

Como a maioria das vinhas de Bordeaux, a propriedade passou por inúmeras mãos. Durante algum tempo, ele pertenceu a John Lewis Brown, dono do Chateau Cantenac Brown, em Margaux, e do Chateau Brown, em Pessac Leognan. No entanto, Chateau Lagrange não se tornou conhecido por produzir vinho até 1842. Foi quando o proprietário, o conde Duchatel, adicionou um sistema de drenagem na vinha. Isso ajudou a melhorar imensamente o vinho. Embora a drenagem nas vinhas seja comum hoje em dia, isso foi muito antecipado já em 1842.

Profundamente endividados, os proprietários começaram a dividir a propriedade, vendendo partes de seus vinhedos para sobreviver. A primeira grande venda ocorreu em 1840. Essas vendas fizeram com que o Chateau Lagrange diminuísse de seus enormes 280 hectares para 157 hectares administráveis. Essa venda não seria a última vez que o Chateau Lagrange reduziu suas vinhas Medoc. Em 1970, 32 hectares foram vendidos para o Chateau Ducru Beaucaillou. Outras parcelas foram vendidas para Henri Martin para uso no Chateau Gloria. Em 1983, as participações restantes de Lagrange foram compradas pela grande empresa japonesa Suntory da família Cendoya, proprietária do Chateau Lagrange desde 1925.

A venda foi uma boa decisão para o castelo da margem esquerda. A Suntory trouxe os fundos necessários para renovar as instalações de produção de vinho e replantar as vinhas. Depois que os novos proprietários assumiram a propriedade, eles gastaram enormes quantias de dinheiro para modernizar as instalações de vinificação e replantar as vinhas. Eles não tiveram escolha, pois os prédios estavam em ruínas e a vinha precisava urgentemente de replantio.

Sob a direção de Marcel Ducasse, diretor do Chateau Lagrange de 1993 a 2007, a vinha expandiu de 48 hectares plantados para 138 hectares plantados. A densidade da vinha também aumentou, à medida que mais de 100.000 novas vinhas foram adicionadas à vinha. Em 1985, os novos proprietários também começaram a produzir um segundo vinho, Les Fief de Lagrange. O Chateau Lagrange fez inúmeras melhorias em 2008 e passou por extensas reformas que incluíram a modernização de todas as suas instalações e adegas em 2013. Todo o esforço e investimento gastos pela Suntory permitiram ao Chateau Lagrange produzir um vinho muito melhor.

A grande propriedade de 182 hectares do Chateau Lagrange é plantada com 67% de Cabernet Sauvignon, 27% de Merlot e 6% de Petit Verdot. O Petit Verdot foi adicionado às vinhas em 1988. Ao longo dos anos, a vinha continuou a aumentar sua porcentagem de Cabernet Sauvignon. No total, a vinha possui 118 hectares sob vinha em Saint Julien. A vinha é um enorme bloco de videiras que pode ser dividido em 102 parcelas diferentes. Hoje, a idade média das vinhas é superior a 35 anos. O terroir é solo de cascalho, areia e argila, além de parcelas com depósitos de ferro. A vinha é plantada com uma densidade de 8.500 videiras por hectare. Eles usam a tecnologia de classificação óptica durante a colheita.

Para produzir o vinho do Chateau Lagrange, a vinificação ocorre em cubas de aço inoxidável com temperatura controlada e tamanho variado. As 98 cubas variam em tamanho, permitindo a vinificação por parcela. Os tanques menores são de 66 hectolitros, com os maiores chegando a 220 hectolitros. As uvas são vinificadas por co-inoculação. E depois de as uvas serem prensadas, o vinho estagia em barricas de carvalho francês 60% novas, até 21 meses antes do engarrafamento.

Além disso, o Chateau Lagrange é uma das poucas propriedades da Medoc a produzir um vinho branco de Bordeaux. Eles têm 7 hectares de videiras usadas para plantar uvas de vinho brancas de Bordeaux. Esses 7 hectares são plantados com 60% de Sauvignon Blanc, 20% de Semillon e 20% de Sauvignon Gris. Eles removeram todas as suas videiras de Muscadelle. O vinho branco de Lagrange, que iniciou a produção em 1996, é vendido sob o nome de Les Arums de Lagrange. Em média, o Chateau Lagrange produz quase 60.000 caixas de vinho por ano.

Veja a seguir mais 1 rótulo de Château Lagrange: o Château Lagrange A.O.C. Pomerol 2013

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Guilherme Dias

Guilherme Dias, formado em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em 2009, é uma figura fascinante e multifacetada no mundo dos vinhos e da culinária gourmet. Como fundador do site Center Gourmet, ele tem demonstrado não apenas um profundo conhecimento e paixão pelo mundo dos vinhos, mas também um compromisso em compartilhar esse amor com um público mais amplo.Sua formação em Geografia, embora à primeira vista possa parecer distante do universo dos vinhos, na verdade, oferece uma perspectiva única para o conteúdo do Center Gourmet. Geografia é a ciência que estuda a terra e suas características, incluindo a relação entre humanos e seu ambiente. Isso se correlaciona fortemente com o mundo dos vinhos, onde o conceito de "terroir" – a interação complexa entre o solo, clima, topografia e outras características ambientais – desempenha um papel crucial na produção de vinhos distintos e de alta qualidade.Guilherme utiliza essa compreensão íntima da geografia para enriquecer o conteúdo do Center Gourmet. Ele não só aborda aspectos técnicos e sensoriais dos vinhos, mas também explora as histórias e geografias por trás de cada garrafa. Esta abordagem oferece aos leitores uma visão holística do vinho, não apenas como uma bebida, mas como uma expressão cultural e geográfica.Além disso, seu site reflete uma profunda apreciação pela arte da harmonização de vinhos com alimentos, uma habilidade que requer não apenas um paladar refinado, mas também um conhecimento sobre culturas e tradições culinárias de diferentes regiões. O Center Gourmet, sob a liderança de Guilherme, tornou-se um recurso valioso para aqueles que buscam não apenas entender o vinho, mas também como ele se encaixa no contexto mais amplo da gastronomia.Em resumo, Guilherme Dias é um exemplo notável de como a paixão e a educação podem se unir para criar uma plataforma rica e educativa, que não só vende vinhos, mas também educa e inspira uma apreciação mais profunda pela bebida e sua cultura.